terça-feira, 8 de março de 2011

Plantas Ornamentais Tóxicas


FATORES PARA QUE OCORRA A INTOXICAÇÃO:

  1. Idade (filhotes são mais susceptíveis pela curiosidade)
  2. Fastio
  3. Mudanças à sua volta

    FONTE DE PLANTAS TÓXICAS:


    PLANTAS DE VASO:

    • Dieffenbachia picta (comigo ninguém pode)
    • Monstera sp (costela de adão, dragão fedorento, 7 facadas)
    • Alocasia sp (orelha de elefante, orelha de burro, pulmão de aço)
    • Nerium oleander (espirradeira)

    JARDINS E QUINTAIS:

    • Ricinus comunis (mamona)
    • Iris sp
    • Tulipa sp
    • Rhododendron sp (azaléa)
    • Arbus precatorius (olho de cabra)
    • Euphorbia pulcherrina
    • Philodendron sp (cipó-imbé, barra de macaco, filodendro)
    • Nicotiana tabacum
    • Narcisus sp


    PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ESTOMATITE

    • Amaryllis sp
    • Rhododendron sp
    • Tulipa sp
    • Narcisus sp
    • Iris sp
    • Euphorbia pulcherrina (bico de papagaio)


    * A azaléa produz uma toxina (antrometotoxina); uma pequena quantidade é capaz de provocar a intoxicação que ocorre após 6 horas. Há um aumento de defecação (não é diarréia), porém dificilmente causa a morte.

    Tratamento: sintomático + fluidoterapia

    PLANTAS QUE CAUSAM GASTRITE E ENTERITE

    • Abrus precatorius (toxina é a abrina)
    • Ricinus comunis (toxina é a ricina)


    *O Abrus precatorius possui a toxina (uma proteína) mais potente conhecida, onde meia semente é capaz de matar uma pessoa. Oanimal apresenta diarréia catarral hemorrágica intensa, ocorrendo óbito após 24h se não tratado.

    Tratamento: lavagem gástrica + protetor de mucosa

    PLANTAS QUE CAUSAM ESTOMATITE E GLOSSITE

    • Dieffenbachia picta
    • Monstera sp
    • Alocasia sp
    • Philodendron sp

    * a toxina é uma substância semelhante à uma proteína, que promove liberação de histamina pelos mastócitos. Pode promover edema de glote e o animal morrer por asfixia.
    Tratamento: anti-histamínico + diurético

    PLANTAS QUE ATUAM SOBRE O SNC


    De uso lícito:

    • Nicotina tabacum (princípio ativo= nicotina)

    * age em receptores nicotínicos colinérgicos (ação semelhante ao curare). Em doses pequenas, provoca excitação, tremores musculares e ataxia. Em doses altas provoca depressão.
    Tratamento: bloqueador ganglionar do tipo não despolarizante, que é um antagonista da nicotina quando o animal está excitado (ex:mecamelamina). Respiração artificial quando o animal está na segunda fase ( fase de depressão ). É importante realizar diagnóstico diferencial com intoxicação por organofosforados, onde se usa atropina.


    De uso ilícito:

    • Datura stramonium (saia branca, trombeta)

    Pricípio ativo: alcalóides tropânicos (escopolamina, niosciamina, atropina).
    Atuam em receptores colinérgicos muscarínicos. Os sintomas são alucinações, delírios, secura das secreções, taquicardia, midríase, pele seca e quente emeteorismo.
    Tratamento: anticolinesterásico, antagonista colinérgico (neostigmina). Para auxílio diagnóstico, deve-se coletar urina, instilar no olho do camundongo e observar midríase.

    • Cannabis sativa (maconha)

    Princípio ativo: THC (tetrahidrocanabiol)
    Os sintomas são: animal depressivo e às vezes agressivo quando estimulado, olhos "vidrados", perda de noção de ambiente.
    Tratamento: estimulante inespecífico de SNC, pentileno tetrazol(0,25 mg/Kg) + anequetamina (analéptico respiratório).


    PLANTAS DE AÇÃO CARDIOTÓXICA

    • Digitalis purpura (dedaleira)
    • Nerium oleander (espirradeira)

    Princípio tóxico: glicosídeos cardioativos (aumentamos níveis de digoxina), atuam na bomba de NaK ATPase.

    Os sintomas são: bradicardia, aumento da força decontração cardíaca, fibrilação cardíaca, com os bat. chegando perto de 20/min., a morte estápróxima.
    Tratamento: antiarrítmico, procainamida (100-500 mg) , cloridrato de potássio (monitorar pelo ECG).

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